sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Crise hídrica eleva risco de recessão

Boa noite caro(a) Leitor(a)

Racionamento de energia e água pode agravar desempenho da economia e empurrar PIB para o vermelho

A crise hídrica, marcada a duas semanas pelo apagão que atingiu onze estados e o Distrito Federal e pelo agravamento na situação de fornecimento de água nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, tem potencial para empurrar o país de vez para a recessão em 2015. As previsões mais otimistas para o ano apontam para um desempenho modesto, entre zero e 0,5% de crescimento do PIB. As contas entram no terreno negativo quando entra no cálculo o risco de racionamento de energia e uma falta ainda mais grave de água nas grandes cidades do Sudeste por causa dos reservatórios secos.

O Banco J. Safra já fazia uma previsão pessimista para o PIB, de queda de 0,5% por causa do provável racionamento de água em São Paulo e dos impactos da operação Lava Jato nos investimentos da Petrobras. Dessa conta, 0,2 ponto porcentual vinha da crise hídrica no Sudeste. “O que ainda não havíamos incorporado era o racionamento de energia elétrica, que pode acrescentar 1 ponto porcentual à retração”, disse Carlos Kawall, economista-chefe do banco.
Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra considera que a queda adicional do PIB depende da forma em que o governo operaria um possível racionamento. “Acredito que a racionalização seria de 5% a 10% do consumo total de energia. Se for isso, o efeito no PIB deve ser de -0,4 a -0,8 ponto porcentual”, disse. Em 2001, o racionamento no governo FHC foi de 20% do consumo elétrico.

Na última reunião do comitê macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados (Anbima), anterior ao apagão ordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na última segunda-feira, a previsão de 0,2% da taxa de crescimento do PIB já havia sido revista para baixo.
Em apresentação sobre o tema, o economista Marcelo Carvalho, presidente do comitê, disse que a ideia do grupo é que a questão do fornecimento de água tem impacto abaixo de 1% do PIB. Já o possível racionamento de energia pode causar uma queda de mais de 1%, dependendo da intensidade e duração de um racionamento. “Uma coisa é ter 5% de corte de energia elétrica por seis meses. Outra coisa é ter 20% de corte por um ano. Então depende da hipótese que se faça dentro dessas possibilidades”, disse.

Confiança

A evolução da crise hídrica é um dos componentes que afetam a confiança dos empresários – o índice que mede o otimismo na indústria, por exemplo, atingiu o menor nível desde 1999. Em janeiro, as chuvas na Região Sudeste, onde estão os maiores reservatórios do país, estão novamente abaixo da média histórica, e o nível dos lagos está em 17,2% da capacidade, menos da metade do registrado um ano atrás. Desde outubro de 2013, quando a seca se agravou, a pluviosidade foi abaixo da média em 13 meses, inclusive no chamado período úmido, que vai de dezembro a abril.
Na avaliação de Kawall, do J. Safra, os números já refletem o atual cenário ruim. “Quando tem racionamento você corta a oferta e também a demanda. Pode ter alta de desemprego por conta disso. Nesse quadro, consideramos que este é um dos fatores a mais que vai levar à queda do PIB”, disse.
Oliveira, do Fibra, destaca ainda que crises de fornecimento aumentam ainda mais os custos de quem já produz. “O custo unitário de produzir no Brasil tem aumentado nos últimos anos, seja por restrições de infra-estrutura ou de mão de obra”, afirmou.

A professora da FGV/Ebape Marilene Ramos afirma que já é possível perceber uma mudança de comportamento dos empresários por conta do risco de racionamento. “Já está ocorrendo uma movimentação das indústrias para adotar práticas de uso consciente de água e energia. Este é o aspecto positivo da crise. A busca por projetos de reuso que levem a uma economia”, afirmou.

Fonte: Talita Boros Voitch (Gazeta do Povo)

Grande Abraço.


Equipe Logos

Como o modal rodoviário resiste no Brasil?

Boa tarde Caro(a) Leitor(a)

Não é de se admirar que alguém mergulhado nos problemas que envolvem a logística não entenda como o modal rodoviário resiste no Brasil. Afinal, temos uma infraestrutura precária, atrasada e longe de investimentos significativos que venham realmente trazer um alento ao setor. Entender os porquês dessa cadeia que envolve um custo alto e uma extrema necessidade que vai além das questões da oferta e da procura, nos conduz a um mergulho numa política de descaso, numa corrupção desenfreada, numa falta de esperança dos cidadãos e até mesmo na perda de tantas vidas que, sem escolha, se arriscam para ganhar a vida.

O transporte rodoviário de cargas é o principal meio de escoamento da produção nacional e configura um importante complemento para outros modais de transporte, pois no início e/ou ao final de cada operação, seja no transporte aéreo ou aquático, o sistema de distribuição por rodovias é imprescindível na coleta e/ou na entrega dos produtos, o que representa uma parcela substancial dos problemas, apontados por especialistas, que limitam o desenvolvimento da economia brasileira, já que dois terços dos custos de um produto são de ordem logística, e trazem enormes dificuldades às operações usuais das empresas limitando também as ações de melhoria contínua de seus processos logísticos.


Pesquisas coordenadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de transporte (DNIT) revelaram que apenas 11,1% da malha rodoviária do país era asfaltada e, desse percentual, dois terços precisavam de manutenção. Esse modal que custa três vezes e meia mais do que o ferroviário e nove vezes mais do que o fluvial, consome mais de 90% do diesel utilizado em transportes no país e parece não despertar a atenção do poder público que, ano após ano, lança programas de investimentos que, quando saem do papel, não são concluídos ou não atendem àquilo a que se propuseram.

Estudo divulgado em outubro de 2014 pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 62,1% das principais rodovias do país apresentam problemas. A pesquisa avaliou 98.475 quilômetros de estradas federais e estaduais, sob administração pública ou concessão, o que equivale a 48,4% do total de vias asfaltadas no Brasil (203.599 quilômetros). A alarmante diferença entre as rodovias sobre os cuidados do governo federal e o setor privado é enorme. Nos 15,374 Km de vias sob concessão, 48% são ótimas, 38,9% são boas, 12% regulares e apenas 1,1% são ruins. Nenhuma foi considerada péssima. Já nos 77,373 Km das rodovias sob a gestão pública, federal ou estadual, apenas 5,6% foram consideradas ótimas, 28,2% boas, 34,25% regulares, 21,5% ruins e as péssimas chegam a 10,5%.

A pesquisa ainda trata dos investimentos do governo federal em infraestrutura rodoviária que apesar de terem crescido na última década, vêm apresentando desaceleração desde 2011. Segundo o documento, foram efetivamente aplicados R$ 11,2 bilhões naquele ano, R$ 9,3 bilhões em 2012, R$ 8,3 bilhões em 2013 e em 2014 foram pouco mais de R$ 7,5 bilhões. Na verdade, o investimento necessário para melhorar as condições das rodovias seria da ordem de R$ 290 bilhões. 

Além disso, o estudo aponta que, apenas em 2013, o custo com os 186.581 acidentes registrados nessas rodovias foi de R$ 17,7 bilhões. Se todas as rodovias fossem boas, a economia com combustível chegaria a 737 milhões de litros de diesel, o equivalente a R$ 1,79 bilhão.

Sobreviver nesse meio não é tarefa fácil: exige conhecimento, aplicação e paixão. Mas, ultimamente estamos substituindo isso tudo por uma venda nos olhos para não desanimarmos. Com isso, estamos colocando um tempero perigoso nessa receita já um tanto quanto indigesta.

Se me perguntassem como o modal rodoviário ainda resiste no Brasil eu responderia, de uma forma poética, que é devido à “magia” da necessidade que produz a esperança da transformação, mas, acima de tudo, aos “milagres” alcançados no dia a dia através de um trabalho feito com dedicação e muito, muito jogo de cintura. Porém, respondendo de uma forma prática, eu diria que não sei como. Apenas sei, empiricamente, que estamos diante de uma bomba-relógio, onde as deficiências dos demais modais aumentam junto com a demanda logística e conduzem o modal rodoviário a uma situação que proporciona aumentos significativos dos custos e dos perigos.


Concessões: será esse o caminho? Planos responsáveis: ainda temos tempo para esperá-los? Entre tantas perguntas, só uma palavra surge como resposta: mudanças.

Fonte: Marcos Aurélio da Costa

Grande Abraço.

Equipe Logos

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Negócios: 2015: a estreita ligação entre crise e oportunidades

Boa noite Caro(a) Leitor(a)

Em tempos de crise, é imperativo que as empresas aumentem sua produtividade. É interessante observar que as empresas que continuam prosperando no Brasil são justamente aquelas que investem em seus negócios

Em 2014, as empresas brasileiras enfrentaram uma série de desafios econômicos. Para 2015, há a previsão de que se somem ao cenário novas diretrizes para políticas públicas que deverão continuar causando impacto na trajetória econômica do país. Os executivos não podem esperar pelo desfecho dessas mudanças com os braços cruzados. O caminho agora é trabalhar no sentido de aumentar a produtividade das empresas, e isto certamente diz respeito a investimentos em soluções tecnológicas. Percalços econômicos aumentam as oportunidades para que as empresas saiam da massa homogênea de negócios e alcancem posição de destaque e liderança de mercado. 

Embora este não seja o caminho percebido como mais natural uma vez que o Brasil passa por dificuldades econômicas, este é o momento certo para as empresas investirem em novas tecnologias que permitam impulsionar a automatização de seus negócios. Os usuários, que enxergam problemas e não oportunidades, não querem gastar, e isso acaba por configurar um importante desafio para os revendedores. Por esta razão, é importante que os revendedores sensibilizem os usuários sobre as oportunidades que estarão perdendo ao optar por não atualizar sua tecnologia. A implementação de novas soluções automatiza os negócios e ajuda os usuários a otimizar seus processos, aumentar a produtividade e concentrar-se nas transações de vendas e atendimento aos clientes. 

Em tempos de crise, é imperativo que as empresas aumentem sua produtividade. É interessante observar que as empresas que continuam prosperando no Brasil são justamente aquelas que investem em seus negócios. Ainda é tempo de investir. É importante garantir que os clientes não só tenham à sua disposição a solução certa, mas também que estejam capacitados para usar seus recursos. E essa é mais uma oportunidade de negócios. 

Os revendedores podem acreditar que, neste momento, os usuários não realizarão muitas compras devido ao cenário econômico. Por outro lado, acredita se que essa é a hora de agir: promover as oportunidades e sensibilizar os usuários sobre a necessidade de novas soluções que ajudem a aumentar a produtividade e otimizar seus negócios. É momento de oferecer soluções que permitam que as empresas sobrevivam à crise e se mantenham competitivas. O aspecto comercial é parte fundamental para atingir esse objetivo. Os revendedores devem entender como vender a necessidade e, posteriormente, a solução. 

Os negócios continuam sendo afetados por fatores cíclicos. Os revendedores com visão e coragem de trilhar um caminho no sentido contrário do senso comum podem elevar seus negócios a um novo patamar. O ano de 2015 poderá ser marcado pela crise, mas com certeza trará muitas oportunidades para aqueles que souberem identificá-las.

Fonte: Alexandre Conde

Grande Abraços.

Equipe Logos

Roubo de cargas em SP sobe quase 7% em 2014

Boa noite Caro(a) Leitor(a)
Ao todo, foram registradas 8.510 ocorrências em todo o Estado, sendo que 59,75% representam crimes na capital
O índice do roubo de cargas praticado no em São Paulo 2014 apresentou aumento de 6,92% em relação ao número consolidado em 2013. Os dados são da SSP/SP, a Secretaria de Segurança Pública da unidade federativa.
Ao todo, foram registradas 8.510 ocorrências em todo o Estado, sendo que 59,75% (5.085) representam os crimes na capital, 22,70% (1.932) na Grande São Paulo e 17,55% (1.493) em municípios do interior. No ano anterior, foram somadas 7.959 incidências.
Se for considerar a média mensal de 2014, foram 717,5 para cada mês, enquanto que em 2013 foram 663,2.
Segundo dados dos DEINTERs (Departamentos de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), em relação à localização das ocorrências nessa área, o ranking ficou sendo:
  •  São José dos Campos: 122 ocorrências (em 2013, 105 casos).
  • Campinas: 521 (657 em 2013).
  • Ribeirão Preto: 143 (128 em 2013).
  • Bauru: 20 (17 em 2013).
  • São José do Rio Preto: 10 (5 em 2013).
  • Santos: 272 (278 em 2013).
  • Sorocaba: 88 (69 em 2013).
  • Presidente Prudente: 5 (idem em 2013).
  • Piracicaba: 310 ocorrências (261 em 2013).
  • Araçatuba: 2 (idem em 2013).

Fonte: Portal Transporta Brasil
Grande Abraço.
Equipe Logos

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Negócios: Quero comprar uma empresa, o que faço?

Boa noite Caro(a) Leitor(a)

Aproveitando um gancho de um de nossos clientes, resolvemos postar um artigo interessante sobre valorização de uma pequena empresa no caso de compra e venda

Algumas pessoas querem comprar uma empresa em funcionamento, mas não sabem qual o valor justo a ser pago.  Geralmente, escutam as seguintes frases para justificar o preço: “o valor do ponto comercial é…”,  “vendo com tudo….”, “vendo de porteira fechada…”, “você está comprando uma empresa que tem um faturamento de R$…..” e outras expressões e frases que vão diversificar de acordo as expressões regionais.

Quando emitem o preço que supostamente vale a empresa, você precisa saber o que se estar comprando, tais como:
·       O imóvel;
·       O direito de realizar uma atividade comercial naquele local;
·       A marca;
·       Os equipamentos, móveis, estoque e o direito de comercializar no local que a empresa já funcionava; e
·       Outros itens relacionados a empresa.
Neste artigo, vamos comentar sobre a valorização de uma pequena empresa que já está em funcionamento e se pretende vender ou comprar.

Para isso, faz-se necessário, inicialmente:
1. Listar todos os móveis, equipamentos e utensílios. Após esse levantamento, pesquisar o valor justo que alguém compraria.

2. Fazer o levantamento da situação financeira da empresa:
·       Faturamento;
·       Imposto;
·       Comissão de venda;
·       Custo da mercadoria vendida;
·       Custo fixo;
·       Pagamento de empréstimos;
·       Pagamento de dívidas, etc.

3. Rever o cenário em que se encontra a empresa:
·       Desenvolvimento econômico do local;
·       Entrada e saída de concorrentes na localidade;
·       Grau de rivalidade entre a concorrência;
·       Tendência de mercado do segmento em que a empresa está inserida;
·       Crescimento ou decréscimo do faturamento da empresa;
·       Aumento ou redução da quantidade de clientes; e
·       Outras questões que estejam relacionadas com a empresa.

4. Listar a carteira de cliente:
·       Quantos clientes existem cadastrados na empresa?
·       Quantos clientes deixaram de comprar na empresa?
·       Quantos clientes continuam comprando na empresa?

5. Levantar os indicadores econômicos
·       Qual o PIB do Brasil, do estado e da cidade?
·       Qual a tendência de crescimento ou decréscimo do PIB?
·       Qual o grau de endividamento da população?
·       Qual o grau de investimo sendo realizado na localidade?
·       Quais as taxas e juros estipuladas para aplicações financeiras?

Existe outras informações além das indicadas acima, mas essas são as básicas para ponderar a valorização da empresa.
A partir desses levantamentos, elabore  a projeção financeira  em um fluxo de caixa e calcule o valor presente líquido da seguinte forma:
·       Faturamento
·       Imposto
·       Comissão de venda
·       Custo da mercadoria vendida
·       Receita Brutaou margem de contribuição
·    Custos fixos (aluguel + funcionários + encargos + material de expediente+ material de limpeza + manutenção predial + depreciação do imobilizado + assinaturas de revistas + transporte + vale transporte + segurança + pró-labore + provedor + telefone fixo e móvel + segurança + publicidade + água + energia elétrica, etc)
·    Lucro: Faça essa conta mês a mês ou ano a ano em uma planilha eletrônica (Excel) e utilize a função financeira chamada Valor Presente Líquido (VPL). Para o cálculo, é necessário indicar a taxa mensal ou anual, de acordo com o período indicado acima. A taxa a ser indicada deve ser coerente com o  as informações levantadas do item 5. Não esqueça que essa projeção financeira precisa ser resultado de todas as informações indicadas nos itens 1 a 5.

Enfim, você poderá considerar o valor da empresa como a soma do valor a ser pago dos produtos, móveis, equipamentos e utensílios valorados e o resultado do valor presente liquido da projeção calculada.

Fonte: Sebrae

Grande Abraço.

Equipe Logos


Gerenciar risco não é só instalar rastreador

Boa tarde Caro(a) Leitor(a).

Diante dos gargalos de infraestrutura, em todo o Brasil, as empresas buscam soluções para evitar roubos e furtos de cargas, bem como otimizar os processos da cadeia logística, ou seja, minimizar acidentes, agilizar as entregas, proporcionar segurança ao motorista, entre outros pontos.
Porém, é importante que as empresas saibam que o gerenciamento de riscos envolve muito mais aspectos do que apenas instalar um rastreador no veículo. É preciso inteligência e tecnologia para calcular os riscos, saber quais rotas traçar, se os motoristas realmente têm o perfil para uma determinada carga etc.

“Com ações inteligentes, o gerenciamento de riscos auxilia a transportadora a cumprir o compromisso de entrega das mercadorias ao seu destino, ao embarcador a preservação da marca e a manutenção do seu market share, e à seguradora possibilita o equilíbrio do índice de sinistros e prêmios, viabilizando melhores taxas de seguros. Assim, a qualidade da operação depende do nível de gerenciamento implantado”, explica Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, gerenciadora de riscos independente.

Ações do gerenciamento de risco

Análise do perfil do motorista:  Importante para conhecer quem está levando uma determinada carga. A ação detalha o tipo de mercadoria que o profissional transporta habitualmente, região que atua, histórico dos trajetos, sinistros, referências profissionais etc. Uma série de informações junto às características de cada embarque possibilita classificar o profissional mais adequado para cada viagem

Plano de rotas: Identifica os locais de risco potencial, ao longo dos trajetos, e indica os pontos seguros de parada, a fim de evitar exposição a roubos e acidentes;

- Rastreadores: Ajudam a evitar e solucionar crimes. Saber qual a tecnologia a ser usada, em cada operação, é muito importante. Isso pode evitar perdas altíssimas para a empresa;

- Central de monitoramento dos veículos: Utiliza-se da tecnologia embarcada para o controle e segurança das viagens. É ela, também, a responsável por criar um histórico das viagens, que se transforma em informações importantes para a localização e a recuperação de mercadorias roubadas.
Porém, apesar de várias etapas do processo serem automatizadas, ainda é o ser humano o responsável pela operação. Assim, o treinamento de cada profissional é fundamental, seja para orientá-lo sobre os recursos da tecnologia embarcada, quanto viabilizar o entrosamento do motorista com a central de monitoramento, nas ações de prevenção e disciplina, para minimizar as perdas, em caso de sinistro.

Fonte: Revista Mundo Logistica

Grande Abraço.

Equipe Logos

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Diante de crise no Sudeste, ministra pede que população economize água e energia elétrica

Boa tarde caro(a) leitor(a).

Em nosso meio empresarial o que já está complicado devido ao último ano de economia fraca e desse ano de vários ajustes fiscais e econômicos, mais uma situação vem para deixar os empresários de cabelo em pé: a crise hídrica, no qual a ministra do meio ambiente faz um apelo a todos da região Sudeste pela redução do consumo de água e energia, o que poderá afetar de frente a economia. Em conjunto vem o dilema que assola os encontros econômicos mundiais, desacelerar para não faltar no amanhã e afetar a economia mundial, ou manter o ritmo de crescimento e não saber o que acontecerá daqui algumas décadas, ou até mesmo anos, como vem acontecendo. Nessas horas de dificuldade que as oportunidades voltadas ao consumo consciente poderão ajudar a prolongar a utilização dos recursos naturais em nosso planeta.

BRASÍLIA e RIO — Em meio à crise hídrica, que atinge os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais, e de fornecimento de energia no país, o governo federal fez, nesta sexta-feira, um apelo para que a população economize. Os problemas com água e energia levaram seis ministros a se reunirem no Palácio do Planalto para discutir o cenário. Ao fim do encontro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou a situação de “sensível e preocupante". No Rio de Janeiro, onde o principal reservatório do Rio Paraíba do Sul já atingiu o volume morto, o governador Luiz Fernando Pezão também pediu à população para evitar o desperdício de água.
Izabella Teixeira lembrou que o nível de chuvas no Sudeste, no ano passado, foi o pior da série histórica, iniciada em 1930. E que, nestes primeiros dias de 2015, o nível está abaixo do de 2014.
— Temos um problema sensível, complexo, e precisamos da colaboração de todos. Todos têm de saber poupar água, poupar energia. É uma situação atípica. Nunca se viu no Sudeste brasileiro uma situação tão sensível e tão preocupante — afirmou a ministra, acrescentando que deverá ser feita uma campanha para orientar a população sobre o uso racional da água.

A ministra lembrou que a previsão é de chuva nos próximos dez dias no Sudeste, mas sem indicações de onde ela ocorrerá e do potencial das precipitações. Segundo Izabella, o Palácio do Planalto dará apoio técnico e financeiro para a realização de obras necessárias para garantir o fornecimento de água à população.


RACIONAMENTO PODE CHEGAR A INDÚSTRIAS
Nesta sexta-feira, a situação das represas que atendem ao Estado do Rio voltou a piorar. Em 24 horas, o nível do Jaguari caiu de 2% para 1,93%. Em Santa Branca, oscilou de 0,65% para 0,41%, enquanto que no Funil, de 4,15% para 3,89%. Por sua vez, o Paraibuna já opera no volume morto. Pezão afirmou que o Rio vive uma situação sem precedentes. Por isso, pediu a colaboração da população:
— Nunca o estado viveu um momento como este. A população precisa ajudar. Já começamos uma campanha de orientação para que as pessoas economizem água.
Pezão acredita que a população responderá positivamente aos apelos, como aconteceu na década passada quando houve racionamento de energia.
O pedido do governador, porém, ocorre em um momento no qual a economia fluminense começa a ser atingida pela estiagem. No Rio, a seca matou duas mil cabeças de gado em quatro meses. A Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento estima em R$ 10 milhões até agora os prejuízos de 13 mil pequenos agricultores das regiões Norte e Noroeste Fluminense, além das cidades de São Sebastião do Alto, Cantagalo e Trajano de Moraes, na Região Serrana. O governo anunciou ainda que na segunda-feira vai liberar R$ 30 milhões de um plano de contingência para auxiliar esses agricultores. Os recursos, oriundos do Banco Mundial, serão aplicados em ações como a perfuração de poços artesianos, para a água do gado e a irrigação das lavouras.
Outros setores também enfrentam dificuldades. Quase um terço (30,6%) das empresas fluminenses reconhecem sofrer efeitos da escassez. Destas, metade já registra aumento no custo de produção. Os dados estão em pesquisa realizada pela Firjan em novembro de 2014, para mapear os efeitos da crise hídrica na economia do estado. Como a situação dos reservatórios piorou, o atual retrato pode ser mais grave, alerta Luís Augusto Azevedo, gerente geral de Meio Ambiente da Firjan.
E esse cenário pode ficar ainda pior. O secretário estadual do ambiente, André Corrêa, admitiu, nesta sexta-feira, que empresas instaladas ao longo do canal de São Francisco, na foz do Guandu, podem ser obrigadas a racionar água para preservar o consumo humano, se a seca perdurar por mais seis meses. Na região, estão instaladas cerca de 140 empresas, muitas de grande porte, como o Grupo Gerdau, a Thyssen-Krupp Companhia Siderúrgica do Altântico (CSA), Furnas e a Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC).
Essas empresas já enfrentam problemas hoje. A FCC vem reduzindo a captação de água com interrupções diárias de cerca de quatro horas de duração, explica Abílio Faia, coordenador de Segurança e Meio Ambiente da empresa. É que, com a baixa vazão, a água do mar, que chega na montante do rio, vem em maior quantidade. Se não for possível puxar água do canal de São Francisco, a FCC poderá recorrer ao sistema da Cedae, ao qual está conectada. Mas, segundo Abílio, o custo seria 25 vezes maior que o da captação direta. Além disso, as despesas da produção aumentariam em 11% .

CSA DESLOCA PONTO DE CAPTAÇÃO
A CSA, por sua vez, decidiu deslocar o atual ponto de captação três quilômetros acima do atual. Com a crise hídrica, já reduziu em 20% a captação de águas no canal do São Francisco, e passou a desligar as bombas quando há aumento de salinidade.
Em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo, Corrêa chegou a anunciar a criação de um plano de contingência para enfrentar a falta de água, que poderia incluir um aumento de tarifas para os consumidores que gastassem mais. Horas depois, o governador Pezão, porém, afirmou o contrário: o Rio não deve enfrentar racionamento e a Cedae já sinalizou não haver necessidade de aumentar tarifas. Corrêa, então, convocou uma entrevista coletiva e mudou o tom.
— Hoje, no Rio não tem nenhum tipo de racionamento. No horizonte de seis meses, pode acontecer. Mas, como a prioridade é o abastecimento humano, se tivermos alguma dificuldade, o que não esperamos que aconteça, as empresas localizadas no final do Guandu poderão, sim, ter problemas de operação — admitiu o secretário.
Para tentar minimizar o impacto na indústria, o secretário do Ambiente disse que pretende se reunir semana que vem com diretores das companhias. Ele vai propor que as empresas reaproveitem água de reúso da Cedae, descartada de estações de tratamento e do próprio processo de produção de água potável do Guandu.

FIESP ESTÁ MAPEANDO SUBSOLO DE SÃO PAULO
A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) está mapeando o subsolo paulista para identificar os locais onde há potencial de uso de águas subterrâneas. A ideia é sugerir às indústrias a perfuração de poços artesianos, evitando a dependência total da rede da Sabesp e a consequente exposição a crises hídricas como a atual.
O estudo deve ficar pronto em dois meses. Nas primeiras fases de pesquisa, a Fiesp já constatou que a vazão do subsolo é de dez metros cúbicos por segundo. No Sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana da capital, a vazão hoje é de 12 metros cúbicos por segundo.
— Poço artesiano é uma alternativa coerente para a atual crise. Ele serve muito bem como fonte complementar de abastecimento. O que não dá é ficar sem água — disse Nelson Pereira dos Reis, diretor de Meio Ambiente da Fiesp.
Com o objetivo de reduzir os custos, a entidade também quer sugerir a instalação dos poços em consórcios de indústrias, o que também diminuiria o processo burocrático para conseguir autorização para fazer a perfuração.
— Agora é preciso pensar no médio e longo prazos e ter consciência de que o uso da água deve ser racional. E fazer conglomerados de indústrias com um único poço é muito recomendável — afirmou Reis.

Fonte: Jornal O Globo (Glauce Cavalcanti, Luiza Damé e Luiz Ernesto Magalhães)

Abraços.


Equipe Logos.