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O aumento médio nas tarifas de
eletricidade no país em 2015 ficará abaixo de 40% "com certeza",
disse nesta quarta-feira (14) o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Respondendo a perguntas de
jornalistas sobre texto publicado nesta quarta-feira pelo jornal "Valor
Econômico", que afirma que as tarifas de energia poderão subir em média
até 40% este ano, o ministro, porém, evitou dar mais detalhes.
O jornal "O Estado de S.
Paulo" publicou que o reajuste médio será de 30%.
"Não creio em (aumento de)
tarifa de 40%", disse o ministro a jornalistas. Ao ser questionado se o
reajuste será abaixo de 40%, Braga respondeu "com certeza".
Renegociação do empréstimo às distribuidoras
O ministro não informou quais os
patamares médios tanto dos reajustes ordinários das tarifas quanto das revisões
extraordinárias que serão pedidas pelas distribuidoras para fazer frente à
elevação dos custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e do preço da
energia da usina hidrelétrica de Itaipu, que subiu cerca de 46%.
Segundo ele, as estimativas de
aumentos publicadas pela imprensa nesta quarta-feira não levam em conta efeitos
positivos da melhoria da situação financeira das distribuidoras a ser obtida na
revisão extraordinária de tarifas.
"Este impacto poderá sofrer
uma mudança significativa e uma renegociação por parte das distribuidoras, em
função da melhora dos recebíveis, da melhoria da geração de caixa do setor
elétrico e que, portanto, poderá implicar em uma melhoria do desempenho
financeiro dos contratos que eles fizeram no ano passado", disse o
ministro.
Na terça-feira, uma fonte do
governo federal disse à agência de notícias Reuters que o governo quer negociar
com o setor bancário um alongamento de dois para três a quatro anos do prazo de
pagamento dos empréstimos concedidos no ano passado para as distribuidoras, que
somam R$ 17,8 bilhões.
Se o alongamento for aceito pelos
bancos, o peso do pagamento dos empréstimos nas tarifas será diluído e isso
pode ajudar a reduzir o aumento total das contas de luz em 2015.
Reunião da diretoria da Petrobras
Braga falou com jornalistas ao
deixar o Ministério de Minas e Energia, após reunião com a diretoria da
Petrobras.
Segundo ele, no encontro foram
discutidos cenários gerais da estatal, como o plano de negócios e de
investimentos. Questionado se a queda do preço do petróleo poderia levar à
revisão dos investimentos da Petrobras, Braga respondeu: "Ainda não
estamos com esse cenário decidido. Estamos analisando."
O ministro disse, ainda, que na
reunião foi discutida também a situação dos contratos, ainda em vigor, da
Petrobras com empresas envolvidas no esquema de irregularidades investigado no
âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal.
"Esses contratos estão de
pé, ainda. E ainda dependendo da orientação que não é do Ministério de Minas e
Energia. Dependemos da AGU (Advocacia-Geral da União), CGU (Controladoria-Geral
da União) e Ministério Público Federal, para que possamos ter um diagnóstico
mais preciso e a partir daí tomar algumas providências", disse.
Fonte: Por Leonardo Goy
Grande Abraço.
Equipe Logos
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